Lideranças do PP e do União Brasil demonstraram forte oposição à medida provisória proposta pelo governo Lula para compensar o recuo na alta do IOF. O posicionamento foi feito publicamente pelos presidentes das siglas, Ciro Nogueira (PP) e Antonio Rueda (União), na quarta-feira (11), no Salão Verde da Câmara dos Deputados, e foi interpretado como um indicativo de rompimento com o governo.governo Lula
Os dois partidos, que estão em processo de fusão para formar a federação União Progressista, juntos comandam atualmente quatro ministérios e contam com uma bancada expressiva no Congresso: 109 deputados e 13 senadores. Caso o afastamento se concretize, o governo pode perder apoio significativo na Câmara e no Senado.
Dentro do PT, lideranças admitem que os acordos com o União Brasil foram frágeis desde a transição e apontam a entrega de pastas sem garantias de fidelidade no Congresso. Ainda assim, há quem defenda que é possível manter parte da base, especialmente com foco na reeleição de Lula em 2026.
O governo aposta na permanência do senador Davi Alcolumbre (União-AP), que tem atuado alinhado ao Planalto e possui influência sobre cargos estratégicos. Já Ciro Nogueira afirmou que o estatuto da nova federação, a ser fechado em julho, deve vetar a participação de filiados no atual governo, fortalecendo o movimento de desligamento.
